De peças de design a móveis de família: a escolha do mobiliário
Projetos, Sandra Pierzchalski •

Um projeto de arquitetura e decoração leva a assinatura de um arquiteto, mas responde às expectativas e necessidades do cliente – o morador que irá usufruir daquele espaço.
Essa regra cabe especialmente ao mobiliário. Durante o processo de criação para preencher os ambientes, os móveis ao mesmo tempo devem apresentar beleza, funcionalidade, adequação ao cômodo e, sobretudo, dar à casa a personalidade de quem vive ali. Para chegar nesse conjunto de qualidades, normalmente misturo:
– PEÇAS ASSINADAS (clássicos do design que, além do valor cultural, são escolhas com um “selo de qualidade” ratificado ao longo dos anos)
Como as poltronas Moleca, criação de 1963 do designer Sérgio Rodrigues.
– MÓVEIS SOB MEDIDA (para fins práticos da rotina da casa)
A estante divide o quarto da área do closet, enquanto funciona como móvel para a TV.
– ACHADOS (novidades de lojas e boutiques da cidade)
Cadeiras Maresias, da DPOT, que trazem um clima praiano e aconchegante para a varanda do apartamento urbano.
Além disso tudo, incorporar na decoração os itens que já fazem parte da história do cliente ajuda a criar um resultado único.
Abaixo, mais alguns exemplos entre os meus projetos.
De cima para baixo temos:
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Apartamento contemporâneo de um jovem casal interessado em arte. Os móveis da sala social apresentam desenhos entre o modernista e o contemporâneo com peças de Vico Magistretti (sofá), Jader Almeida (mesas laterais) e Sérgio Rodrigues (bancos e poltrona de madeira).
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Na casa de um entusiasta da aviação, a mesa de centro ganhou uma exposição de sua coleção, enquanto a cadeira do escritório é originariamente de um avião de 1943.
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O pequeno loft de um jovem recém-saído da casa dos pais pedia conforto e praticidade.
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Móveis garimpados em antiquário, como a penteadeira adaptada para receber a nova pia, deram o tom desta histórica casa de fazenda.
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Mobiliário contemporâneo brasileiro para uma ampla sala com vista para um jardim tropical.